Bem, antes de mais tudo o que me ocorre dizer sobre os nossos políticos, é tudo uma cambada de sacanas,corruptos e chupistas, agora o problema é, então e o povo Português, que tem feito?, porque o problema maior é que onde há culpados, não há inocentes.
Temos compactuado com todos os governos, e quem compactua torna-se cúmplice, e mais que isso quem vota neles, quem os elege, somos nós, claro que podemos alegar várias coisas, podemos alegar que eles traíram a nossa confiança, sim podemos, só que não nos podemos esquecer dos muitos milhares de todos nós que fogem aos impostos, têm empresas e consultórios ilegais, recebem subsidio de desemprego e trabalham meio às escondidas em outro lado qualquer, ou passam cheques sem cobertura, ou se endividam com recurso a crédito muito além das suas possibilidades, sempre, em todos os casos, com a ideia que o estado tem a absoluta obrigação de cuidar deles e de se preocupar com todos eles, e assim de qualquer uma destas formas, traem a confiança dos que nos governam.
Podemos também alegar que não sabíamos, que somos ignorantes, que eles é que sabem, e logo a culpa é deles, mas o problema é que a ignorância não é desculpa, a ignorância pode ser felicidade, pode ser uma forma de liberdade, pode ser o maior de todos os males, pode ser o que bem entenderem, mas não é desculpa, não pode desculpabilizar ninguém, todos temos o direito de aprender, e mais que isso a ignorância não nos impede nunca de agir correctamente.
Depois há quem alegue que fazia diferente, que fazia melhor que os nossos governantes se lá estivesse, que é mais sério, mais capaz e menos corrupto, e bem sei que há grandes técnicos, grandes Homens, gente extremamente bem informada, preparada e capaz neste país, mas então porque não vão eles para o governo, porque não concorrem, porque não tentam, porque não fazem isso pelo Portugal em que acreditam?, quando confrontados com essa possibilidade alguns lá vão dando um pouco o braço a torcer e acabam por dizer que não têm estofo, que não gostam da exposição mediática, que onde estão ganham mais e têm menos responsabilidade e pressão social, que precisam de tempo para a família, ou que têm medo de andar de avião e essa vida iria exigir muitas viagens grandes, usam assim todos os argumentos possíveis, e não nego que reais e respeitáveis para não se sacrificarem pelo país, pelo país que tanto criticam os que nos governam de não fazerem nada por ele e só se preocuparem com eles. E há ainda aqueles que não admitindo nenhuma destas fragilidades, dizem apenas que nem sequer concorrem porque neste país só ganha eleições quem mente, quem tem uma grande máquina partidária por trás, e quem é corrupto, ou seja insultam assim a capacidade do povo, ao qual eles próprios pertencem, de decidir em consciência a melhor opção, desistem sem ir à luta, sem tentar sequer, e do alto do importantes e intelectual e moralmente superiores que se julgam, dizem mal apenas.
Há ainda os sindicatos, grevistas profissionais, e os extremistas pseudo-revolucionários de peito inchado, os quais organizam, patrocinam e participam em greves e outras festividades enquanto assobiam para o lado, dizem bem alto que tudo está mal e o estado que resolva rápido para evitar "birras maiores". O problema, que os que apenas participam não sabem e os ilusionistas que patrocinam não querem dizer, é que uma greve ou uma manifestação é normalmente um dos espectáculos mais tristes e incompletos que pode ocorrer, senão vejamos, elegemos livremente( quem não votou ou votou em branco também não pode ser desculpabilizado pois a não ser que viva completamente à margem do estado e de qualquer beneficio ou facilidade que o estado lhe proporciona tem o dever moral de se tentar eleger se acha do alto da sua superioridade moral e intelectual que nenhum dos candidatos merece a consciência do seu voto) 230 deputados para nos representarem no parlamento, sendo que o partido com mais deputados é depois convidado a formar governo, ao qual depois de um já típico período de estado de graça passamos normalmente a chamar de corrupto e chupista, e passamos a revoltar-mos contra aqueles que nós, ou a maioria, elegemos. E o problema é que quando chegamos a tal estado de insatisfação, exigimos mudança, mas com que direito podemos nós exigir aos nossos semelhantes, a cumprir, bem ou mal, o mandato que lhes confiámos, algo mais que não seja a nossa liberdade, e a liberdade não se conquista com greves ou revoluções, a liberdade conquista-se desobedecendo ao estado e obedecendo apenas à nossa consciência, com todos os problemas e consequências que tal implica, mas nem os grevistas profissionais, nem os extremistas pseudo-revolucionários de peito inchado estão dispostos a isso.
E por fim há talvez as únicas vitimas no meio de tudo isto, as crianças e os atrasados mentais, que na sua inocência para a qual têm desculpa, observam, esperam e aprendem, com quem parece nunca querer aprender ou mudar. E assim digo apenas, para as crianças e para os atrasados mentais, que nenhum governo corrupto, incompetente e chupista, sobrevive muito tempo, num país que mereça melhor.
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